As vésperas de completar 100 anos, o Clube Sportivo Sergipe parece caminhar para o total descrédito entre os próprios torcedores, imprensa e profissionais do futebol nacional.
Sem títulos desde 2003, o único hexa campeão estadual entrou numa espécie de letargia e que passou a colecionar situações vexatórias que vem afastando o seu torcedor dos estádios e por tabela, desprestigia o futebol sergipano.
Administrado pelo mesmo presidente há décadas e com um corpo diretivo que parece dizer amém ou que pouco se importa com o rumo do clube, o quase centenário entrou no túnel do tempo e apenas se vangloria dos feitos do passado, uma vez que, o presente sombrio e as muitas interrogações no ar, permite que a blindagem edificada por Motinha mantenha a enorme lacuna entre a possibilidade de tratamento das oportunidades de melhoria e a efetiva mudança que o Sergipe precisa.
Mesmo com um patrimônio considerável e outras fontes de receita, é difícil saber como o dinheiro do clube está sendo administrado, basta lembrar que os últimos times não honraram a tradição do clube e como prova, considere o número de contrato e destrato de jogadores nos últimos tempos... É algo impressionante, outra coisa, qual foi a melhoria estrutural que a sede do clube recebeu sem ajuda da UNIMED? É sempre a mesma pintura, os portões em péssimas condições, para o torcedor ter acesso às arquibancadas o chão ainda é de terra, as árvores não são podadas, os primeiros degraus da arquibancada no fundo do gol têm quase um metro de altura e para o torcedor subir... que dificuldade, simplificando, é um verdadeiro descaso. Será que ninguém ver isso?
A negligência passou a ser prioridade da administração, saibam que num certo dia, o presidente do clube não aceitou a reenvidicação de um treinador das categorias de base, que solicitou numa reunião, a compra de coletes, cones, balizas e bolas, justificando que o material solicitado era fundamental na preparação dos garotos. Sabe qual foi a resposta... “Não!!! Não precisa disso”, é mole? E o Clube Sportivo Sergipe é a referência do nosso futebol quando falamos em categoria de base.
E o que esperar do futuro? Caro leitor pode ser que o a situação mude, mas, quem seria o salvador da pátria colorada? Ramom Barbosa, Ari Resende, Djalmir Brandão?
Acreditamos que apenas esses nomes não trarão o progresso rápido e duradouro, a não ser que empresários se unam a causa centenária e participem da virada de mesa.
Todas essas pessoas vivem ou viveu o cotidiano do clube e nesse tempo, aprovaram as determinações do comandante Antônio Soares da Mota, portanto, contribuíram com tudo isso.
Sem atividades do “futebol profissional” até o final do ano, o estádio João Hora de Oliveira passou a ser a sede de conluios e disse – me – disse, e por tudo isso, o torcedor rubro é novamente o mais prejudicado, em nosso entendimento, as guerras internas promovem as fictícias formações de chapas de oposição, falamos fictícias por que deixa transparecer que o objetivo de toda essa conversa é fortalecer fulano em detrimento ao ódio contra cicrano e assim a cada dia surge uma nova estória.
Enquanto falam de um e reclamam de outro, a cúpula rubra esquece de utilizar o tempo ocioso para montar um projeto para o centenário, mostrar ao seu torcedor a contabilidade do clube, de mobilizar forças em torno de um único objetivo, mas não, eles optam por outro caminho e para piorar, não conseguem nem explicar quando irão pagar a comissão técnica anterior que ainda reclama do calote colorado.
Quanta irresponsabilidade.
