E não será nenhum médico que poderá resolver o problema desse paciente chamado futebol sergipano, mesmo apresentando um quadro de estabilidade nessa primeira fase do tratamento, o paciente está reagindo às complicações de sua letargia, mas sua família está ciente das dificuldades das etapas que estão por vim e espera com apreensão o momento de sorrir com o seu restabelecimento ou chorar pelo seu óbito.
Triste não? Pois é, ainda há chance de sobreviver no futebol brasileiro, mas é preciso ficar no grupo de classificados que garantirá a presença no certame 2009, claro que nosso pensamento deve continuar voltado para a série B, até por que, essa condição poderá ser comparada ao “aparelho que mantêm o futebol sergipano vivo”, ou seja, é o fio de esperança que impulsiona os torcedores aos estádios de futebol e se cairmos para a série D quem garante que o fio não será partido?
Comentamos isso ao saber das diretrizes da quarta divisão do futebol nacional e por causa delas, a CBF deverá oferecer ao nosso futebol somente uma vaga, tudo isso, fruto de nossos resultados pra lá de pífios e que se reflete no ranking nacional das federações, indicador que servirá como base para preenchimento de vagas.
Então imagine, o nosso futebol irá se restringir a um representante nacional e na quarta divisão, e agora, quem será o empresário que irá investir num futebol que ninguém ver?
Como a mídia irá vender um projeto em que os times só disputam o campeonato local? Os jogadores estarão motivados para disputar o campeonato sergipano, a copa governo do estado e ficar desempregado na metade do ano? Será divertido ter somente uma torcida em atividade e pelo resto do ano iremos torcer pelos times do Rio?
Esse recado vai para aqueles que gostam do nosso futebol, é por todos nós que precisamos nos livrar da obrigação de responder essas perguntas, precisamos faltar nesse teste e para isso é a hora de apoiar nossos representantes, caso contrário, iremos ajudar a fazer o atestado de óbito e jogar a terra no enterro do velho futebol sergipano e não se engane, junto com o defunto irá o trabalho de renovação dos torcedores, a valorização do time do seu estado, os patrocínios que chegaram nesse ano (não vamos levar em conta o ano de eleição) e o que ainda resta de motivação do torcedor.
