A delegação do Águia deixou Belém ontem à noite levando na bagagem o discurso de guerra do técnico João Galvão. Para ele, as três partidas que restam no octogonal decisivo do Campeonato Brasileiro da Série C não são batalhas, e sim guerras a serem vencidas. Na verdade, são os dois próximos compromissos do time paraense que são encarados dessa forma, o Confiança-SE em Aracaju (amanhã) e o Atlético-GO, domingo, em Belém. 'Vamos para Aracaju pensando em vitória', confirmou o treinador.
As declarações de Galvão não devem ser confundidas com bravatas, e sim com a necessidade que o Azulão tem de vencer esses jogos. Com 15 pontos, o Águia está entre os quatro primeiros da classificação, dentro do grupo que garante vaga para a Segunda Divisão. Se somar esses seis pontos e chegar aos 21 praticamente garante o acesso. A ordem é não deixar para a última rodada, quando o Águia enfrentará em Campinas o Guarani-SP, com necessidade extrema de pontuar.
'Temos que vencer o Confiança e torcer para que dê a lógica e o Atlético-Go vença seu compromisso em casa. O ideal é que o Atlético-GO já venha a Belém com o título garantido, queira ou não, nessas condições um time tende a relaxar', explicou o treinador. Na quinta-feira, o time goiano recebe em Goiânia o Brasil-RS. O Dragão venceu todos os jogos no Serra Dourada nessa fase.
'A sorte tem que vir para o nosso lado e estou sentindo que finalmente ela deu as caras. Respeitamos demais o Confiança que é um excelente time. Sempre respeitamos nossos adversários, mas, para nós o que interessa são esses três pontos fora de casa', disse Galvão.
Para o confronto com o Atlético-GO, que será a despedida do Águia em solo paraense, a diretoria do clube estuda a possibilidade de reduzir o valor do ingresso para R$ 1,00 para atrair a torcida de Belém. 'Os torcedores têm que participar desse momento que pode ser histórico para o futebol paraense. Infelizmente Paysandu e Remo não foram longe, mas é muito importante para o nosso futebol ter um representante no Campeonato Brasileiro da Série B e, no momento, só o Águia tem essa possibilidade', diz o treinador.
Nos jogos disputados no Mangueirão o clube marabaense só amargou prejuízos. Domingo contra o Rio Branco-AC foi R$ 15.634 de déficit, valor que foi somado aos mais de R$ 40 mil das partidas anteriores. Quando vieram a Belém os dirigentes estavam cientes dessa possibilidade, o Zinho de Oliveira não tem capacidade adequada para essa fase, mas o que querem agora é levar a maior quantidade possível de torcedores para incentivar a equipe na decisão.
Fonte: jornal amazônia
