Associação Desportiva Confiança no campeonato sergipano 2008, eis um time vencedor, um clube que começou a ganhar dos seus adversários bem antes do apito inicial, conseguindo parcerias que permitiu trazer um dos melhores técnicos do nordeste, profissional excelente, que soube trazer seu plantel e adaptá-los a filosofia do campeonato local, sem falar que já vencia o seu rival antes do primeiro confronto em campo, é só lembrar da celeuma Zé Paulo e a diferença da ação prometida pelo dirigente rubro Ramon Barbosa e concretização da operação pela diretoria proletária.
O inicio do campeonato chegava à mesma velocidade que os reforços indicados pelo treinador assinavam com a equipe do bairro industrial, jogadores acostumados com as decisões pelos mais diversos campeonatos, são exemplos disso o zagueiro Valdson e os atacantes Da Silva e Adelino que se juntaram o ao paredão Fábio Alves, o meia Lima e a mística da camisa azul e branca para que na força da galera começasse o certame com o pé direito. Um time que foi criticado pelos amistosos contra seleções interioranas, sendo julgado por não atuar contra equipes profissionais e que se fechou na filosofia Simões, não dando atenção às opiniões externas.
Em 13/01/2008 a caminhada oficial pelo título começou e logo na estréia, o favoritismo foi para o fundo da rede junto com o gol de Gilsinho para o São Cristóvão, decretando a primeira derrota azulina e um sabor gostoso no sorriso dos adversários e dúvida nos proletários menos otimistas.
Na segunda partida a vitória enfim chegou, jogando mal e não agradando a maioria, seguia o Confiança, iniciando sua trajetória e vencendo um, outro, todos, numa seqüência de gols e três pontos que até nos clássicos a torcida azulina festejava alegremente, não tinha Itabaiana, América ou Sergipe que não se rendesse ao poderio do dragão.
Conquistou seu primeiro objetivo ao vencer o turno da fase classificatória, fruto de uma defesa segura, um meio campo ao mesmo tempo combativo e criativo, somado ao ataque comandado pelo melhor jogador do campeonato, o baixinho Da Silva.
Lá vai o dragão, começando o retorno tropeçando na 12º e 13º rodada, permitindo a aproximação do rival e alimentando nas outras torcidas a esperança de uma crise instalada em seu grupo de jogadores após a chegada do meia Juninho Petrolina, uma situação bastante comentada, mas sabiamente controlada pela sua diretoria que sufocou os rumores e lavou roupas sujas na conversa entre jogadores e dirigentes, permitindo que os ponteiros fossem ajustados e propiciando ao Itabaiana pegar o pato da reabilitação proletária, marcando assim, a volta do Confiança competitivo e que desde a 5º rodada assumiu a liderança e deste patamar não saiu mais.
Com o final da fase classificatória o segundo objetivo foi conquistado e nada melhor que vencer o rival pela segunda vez, garantindo os dois pontos de bonificação e ratificando a campanha diferenciada a partir da liderança nos indicadores de desempenho do certame, sendo o time que mais venceu, teve melhor saldo de gols e a defesa menos vazada.
Um clube que se manteve calmo e não permitiu que dirigentes brigassem entre si, dispensasse jogadores no meio do campeonato ou realizasse contratações por atacado. Realmente esse ano foi diferente.
Confiança, um grupo que iniciava a fase final mantendo a escrita de vencer todos os clássicos em 2008, que pena para o Itabaiana e Sergipe que viram o lado direito das cabines de rádio do batistão vibrar e cantar, ao mesmo tempo, que a tábua de classificação era consumida pelo apetite de vitórias azul e branco, uma agremiação que mostrou força para buscar as vitórias além do tempo normal, é só lembrar do dia 20/04/2008 onde o atacante Da Silva deu a vitória por 2x1 aos 47 minutos do segundo tempo contra o arqui inimigo Clube Sportivo Sergipe.
Jogando na quarta e domingo, o dragão se deparou novamente com o São Cristóvão, o time que mais deu trabalho ao Confiança no sergipão 2008 acabou perdendo na capital mais soube se redimir dentro de casa, uma partida que permitiria a festa da torcida azulina, caso o time rubro abortasse a operação em que o chopp foi trocado por uma limonada bastante amarga.
Buscando voltar a trilha da vitória, o dragão subiu a serra com o pensamento de acabar o campeonato e presentear a todos que fazem parte da nação azul e branca com o título estadual, mas por ironia o jogo não acabou, em virtude do cai cai protagonizado pela equipe tricolor , a partida foi para júdice.
Com os cartuchos se esgotando, restava pelo menos um empate no derby sergipano para enfim matar o último oponente, e o destino reservou o dia 04/05, domingo com sol escaldante e torcida se preparando para .... mas o chopp aguou, o Sergipe venceu por 4 x 2 e empurrou a decisão para o tribunal.
Entre debates, loucura e correções nas decisões, a justiça foi feita e como mostrou os números, o melhor venceu !! e como tudo parece ser mais difícil para o dragão, a torcida pode enfim gritar.. É CAMPEÃO !!!!
Foto: Federação Sergipana de Futebol
