Acontece cada coisa em nosso futebol que deixam os desportistas sergipanos bastante atordoados, sobre tudo, por que esses fatos deveriam servir como aprendizado para que nos próximos campeonatos não voltassem a acontecer, mas infelizmente há reincidência.Esse é um gancho para falarmos do processo 083/2008 que relatou os fatos que ocorreram em 30/04 na partida entre Itabaiana x Confiança e que foi julgado na última sexta feira.
Um precedente que já começou a ser formado a partir do problema semelhante causado pelo Confiança no ano passado e que deveria ser julgado e dado a punição prevista no regulamento, apesar do jogo naquele momento, estava decidido em favor do tricolor que vencia por 4 x 0.
Falou-se muito, que não havia necessidade da intervenção do TJD para que o julgamento fosse realizado, já que o regulamento previa que o time “vítima” ganharia os três pontos e o placar seria computado em 3 x 0, mas como o Itabaiana já vencia por 4 x 0 o caso não mudaria muito, com isso, o imbróglio foi mantido em banho maria e esfriou totalmente quando chegamos em 2008.
Bem, voltando ao mesmo palco e com as mesmas agremiações, tivemos as cenas se repetindo, claro que um outro jogo, uma outra história e que também deveria ser julgado e o vencedor apontado conforme o que diz a lei/regulamento.
Não temos o poder de julgar o caso, mas de opinar sobre o assunto temos o total direito, consideramos que houve muitos equívocos nas interpretações do caso, a começar pela punição do clube que não teve culpa nenhuma, “há mais ele provocou o cai cai no ano passado “, sobre isso dizemos, vamos ser justos, no ano passado o Itabaiana foi agraciado com a manutenção do resultado.
Segundo ponto, como não houve julgamento no ano passado e o resultado do jogo foi mantido, o julgamento de sexta feira deixa transparecer algo parecido como dois pesos e duas medidas, já que o direito do time proletário de buscar a vitória dentro de campo e sagrar-se campeão foi ceifado aos 17 minutos do segundo tempo, ou seja, foi jogado apenas 1/3 da etapa final e ele teria no mínimo 28 minutos para tentar mudar a história do jogo, mesmo desperdiçando as oportunidades de ser campeão contra o São Cristóvão e Sergipe quando acabou derrotado.
Tá certo que o tricolor apresentou atestados médicos, mas gente, imagine se Sergipe, Guarany, São Critovão, América, Boca , seja lá quem for, faz um investimento que vinha dando resultado e perante um fato estranho (quem está no mundo do futebol sabe) três atletas caem ao mesmo tempo e simplesmente o jogo termina , é complicado, sabemos que os advogados não são médicos e que julgam através de evidências objetivas, provas que possam sustentar seu parecer, mais achamos que atestado é pouco.
Outro equívoco foi o árbitro Rogério Lima da Rocha colocar na súmula que a partida foi encerrada, quando eram apenas 17 minutos do segundo tempo, era sensato ter opinado pela partida suspensa, depois que dois atletas do Itrabaiana foram expulsos corretamente e o time não tinha atletas suficientes para continuar a partida.
Ressaltamos que não estamos fazendo defesa do Confiança, nossa opinião seria a mesma se fosse qualquer outro clube, mais não podemos concordar que o time causador de toda a confusão saia fortalecido e que aquele que foi vítima saia perdedor e sem direito de lutar dentro de campo por um título que poderia ser conquistado naquela noite. No mínimo teria que ser disputado os 28 minutos finais.
Precisamos rever nossos conceitos e posicionamentos, campeonato que termina no tapetão ou se quer termina, espantam empresários que investem seu capital e os torcedores que são razão de ser do futebol.