Para quem ama e respeita o futebol sergipano

Começou domingo,18/01, mais uma edição do campeonato sergipano de futebol profissional.

Dez times suando a camisa para conquistar o título de campeão sergipano de 2009, além de uma vaga para a Copa do Brasil de 2010 e na série D do futebol nacional ainda este ano. Os dois clubes com as piores campanhas irão amargar a segunda divisão. Só o Confiança tem vaga garantida na série C.

Será que a capital continuará ostentando a condição de campeão ou o interior do estado retomará a taça e a hegemonia do futebol em Sergipe?

Resta torcer e esperar os resultados. Boa Sorte a todos!
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Somos poucos, mas somos loucos .... que o futebol sergipano aconteça !!!!


domingo, 14 de dezembro de 2008

O desafio de 2014


Acostumado às glórias dos gramados, o futebol brasileiro ainda comemora uma grande vitória fora das quatro linhas. Há pouco mais de um ano, mais exatamente no dia 30 de outubro de 2007, a Fifa anunciou a vitória da candidatura do país a sede da Copa do Mundo de 2014. Era a chance que o Brasil esperava para mostrar que, como anfitrião de um Mundial, pode ter o mesmo sucesso alcançado como participante.

O objetivo é claro: conquistar mais um título, o primeiro em casa, esquecendo a traumática derrota sofrida para o Uruguai na Copa de 1950. No entanto, o aval dado por Joseph Blatter em Zurique foi apenas o sinal verde para uma corrida que ainda está no começo. No primeiro dos pouco menos de sete anos que separam o anúncio do pontapé inicial da Copa de 2014, o Brasil pouco viu de tudo que foi prometido para o torneio.

A infra-estrutura e a logística que as prováveis 32 seleções participantes irão encontrar em solo brasileiro até agora é uma incógnita. Além de estádios confortáveis para jogadores, torcedores e jornalistas, o Brasil precisa oferecer ainda meios de transporte que funcionem, hospitais modernos, lojas, restaurantes e tudo para tornar a passagem dos turistas - nacionais ou estrangeiros - a mais confortável possível por aqui. Afinal, mais do que seu futebol, o Brasil estará apresentando um cartão de visitas para os investimentos internacionais.

“O Brasil está crescendo, e precisa mostrar isso. Como? Com uma Copa do Mundo”, afirmou Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, em evento na capital paulista no início de outubro. De fato, o crescimento econômico brasileiro é uma das bases na qual se sustenta a campanha brasileira, que promete utilizar apenas investimentos privados para a reforma dos estádios, reservando o dinheiro público para os acertos em transportes e hospitais. “O sistema financeiro do Brasil está sólido, diferente de outros países”, argumentou o empresário Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Estádios

O ponto mais visível deste investimento, porém, ficará por conta dos estádios do Brasil. Ao todo, 18 cidades se ofereceram como sedes da Copa de 2014 - todas elas prometendo uma profunda reforma urbana e a disponibilidade de modernas arenas. No entanto, passado o primeiro dos quase sete anos de prazo que o Brasil tem para arrumar a casa, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Recife, Maceió, Fortaleza, Natal, Salvador, Rio Branco, Belém e Manaus parecem não terem superado a comemoração pelo sim da Fifa para a Copa brasileira.

Ainda não há um acordo a respeito do número de cidades-sede para a competição - o comitê organizador quer 12, enquanto a Fifa pede apenas 10. O anúncio deve ser feito até janeiro do próximo ano. No entanto, pouco do que se espera de um anfitrião de Mundial é visto até aqui - o que não preocupa Ricardo Teixeira, presidente da CBF.

“Neste tempo, as cidades terão que ter os estádios. Isso não nos surpreende. Nenhum país tinha os estádios prontos a sete anos da Copa, nem mesmo a Alemanha”, assegura o dirigente, que quer tudo pronto já para 2013, quando o Brasil sedia a Copa das Confederações. É esperar para ver.

CBF

O presidente da CBF pede ainda trabalho duro para as cidades nos próximos meses e anos. “Quanto mais projetos consistentes, melhor. Promessas sem lastro técnico de viabilidade podem fazer bonito para a platéia, mas não para os jurados”, afirmou Ricardo Teixeira, admitindo que não haverá interferências dos chamados "espertalhões" na escolha das cidades. “O Comitê Organizador da Copa não indica, não prefere, não sugere, não apóia, não condiciona, não sinaliza, não recomenda, nem credencia quem quer que seja. Isso vale para empresas de consultoria de qualquer tipo, prestadores de serviço em geral, empresas de construção, de marketing, enfim, seja qual for o fornecedor ou o interesse”, garante o dirigente.

“Sempre existe o risco de aventureiros aparecerem por aí dizendo - ao pé do ouvido, nas sombras - que contratando essa empresa ou aquele profissional as coisas "ficam mais fáceis", "azeitadas". Ou tem aquele truque de dizer que se essa ou aquela empresa de construção for apontada para fazer um estádio, por exemplo, aí então a cidade será escolhida. Ou que fulano fala em nome de sicrano. Enfim, o arsenal da malandragem é conhecido. Por isso mesmo, é preciso estar alerta”.

Nordeste aposta em três vagas

O Nordeste aposta na conquista de três vagas para hospedar a Copa de 2014. No entanto, cinco cidades se ofereceram como sedes de jogos da competição: Recife, Maceió, Fortaleza, Natal e Salvador. Tradicionalmente, as apostas mais fortes seriam favoráveis a pernambucanos,
cearenses e baianos. No entanto, a perspectiva para tais vitórias ainda é bastante nebulosa.

Salvador é o caso mais emblemático da confusão. Em 1999, antes mesmo que se falasse de Copa do Mundo no Brasil, o Vitória já planejava a construção de um novo e moderno estádio. Para isso, contava com o apoio da Prefeitura, do Governo do estado e de uma empresa norte-americana de arquitetura, especializada em arenas multiuso de entretenimento esportivo. A idéia era construir o novo estádio no local do Barradão, mas os investidores e conselheiros recomendaram que a arena fosse levantada na Avenida Paralela - considerada um local mais valorizado e de melhor acesso na capital baiana.

Tudo ia muito bem. No entanto, as obras - que foram orçadas em US$ 50 milhões e seriam iniciadas no segundo semestre de 2002 - jamais começaram. Os 30 mil lugares protegidos da chuva, com 4 mil vagas de estacionamento, ficaram apenas na imaginação dos rubro-negros. Então, as esperanças de um novo estádio baiano foram depositadas na Arena Bahia, prometida exatamente para a Copa de 2014, com capacidade de 44 mil lugares e custo previsto de R$ 360 milhões.

O belo projeto, porém, teve curta duração. Em 30 de setembro de 2008, o estado da Bahia apresentou o projeto da Nova Fonte Nova, substituindo o antigo estádio do Bahia - interditado após o desabamento de parte das arquibancadas no final da Série C de 2007. Fechado desde dezembro, o local está abandonado, mas seria reformado: passaria a ter 55 mil lugares (contra 66 mil da Fonte Nova original), podendo ganhar outros 5 mil lugares móveis onde hoje se situa a Ferradura do estádio. Segundo a Sudesb (Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia), as obras estarão concluídas já em janeiro de 2012, tornando a cidade de Salvador apta a sediar a Copa das Confederações.

Otimismo

Ainda que com tantas mudanças, a Sudesb demonstra otimismo com a candidatura soteropolitana. “Nosso diferencial diante das cidades concorrentes é um conjunto de fatores bastante positivos, que passam desde a nossa hospitalidade até a expertise em realizarmos grandes eventos, como o carnaval. Mas um fator é decisivo em tudo isso: o amor profundo que o baiano tem pelo futebol”, garante o ex-jogador Bobô, diretor-geral da entidade. “A nova Fonte Nova vai ser pequena para o tamanho da paixão dos baianos pelo futebol”, completa.

Para que a novela do estádio baiano caminhe, os capítulos de 2009 serão fundamentais. Até o final do mês, o Governo do estado pretende já ter assinado o Termo de Compromisso para as reformas estruturais. Depois disso, até o dia 15 de janeiro, o projeto promete ser apresentado. Mais tarde, até 31 de julho de 2009, a licitação das obras civis será iniciada.

Sem a Fonte Nova original, o governador Jaques Wagner aposta na reforma do Estádio de Pituaçu para sediar jogos. Idealizado no começo do ano, após a interdição do outro campo, o plano das reformas envolveria a ampliação da praça até o final deste ano, instalando 34 mil lugares no local ao preço de R$ 22 milhões. Por enquanto, o Bahia segue jogando na Jóia da Princesa, em Feira de Santana.

Castelão

Enquanto isso, outras capitais nordestinas se mexem para viabilizar suas candidaturas. Em Fortaleza, por exemplo, o Castelão deve dar seqüência às mudanças que vêm sendo feitas desde 2000, quando também foi interditado. Motivo: risco de desabamento das arquibancadas. Em dois anos, graças aos R$ 15 milhões investidos pelo Governo do Ceará, o local ganhou cobertura para 69 mil assentos, tornando o Plácido Castelo uma das praças esportivas mais modernas do Nordeste.

A estrutura do estádio está próxima das exigências da Fifa, mas o gramado do Castelão causou problemas até na Série B do Campeonato Brasileiro. Na partida entre Fortaleza e Paraná, realizada em 17 de maio e válida pela segunda rodada da divisão de acesso do Campeonato Brasileiro, o campo apresentou reflexos de problemas na escolha da grama e no posicionamento dos tubos de drenagem presentes no Castelão desde 2002. A recuperação, que sumiu com as manchas de terra no gramado, só foi feita graças a uma reforma de urgência feita a toque de caixa pela Secretaria de Esportes do estado.

Ainda assim, a capital cearense promete se beneficiar bastante com a candidatura. No projeto da cidade, os arredores do Castelão ganharão um moderno centro de imprensa e um grande estacionamento. Além disso, Fortaleza já adianta o metrô, com conclusão prevista para 2010, e a ampliação do aeroporto.

As outras candidatas nordestinas têm planos ainda mais arrojados, envolvendo a construção de novos estádios. Em Recife, 45 mil torcedores poderão acompanhar os jogos na Arena Recife-Olinda. Em Natal, o Machadão e o Frasqueirão irão conviver com o novíssimo Estrela dos Reis Magos, com capacidade para 65 mil pessoas. Já em Maceió, os arredores do aeroporto ganharão a moderna Arena Zagallo, com 45 mil lugares. Nenhum dos estádios, é claro, saiu do papel, o que não deve acontecer antes de 2010 caso as cidades sejam eleitas.

Situação de outras regiões

Sudeste

A região Sudeste deve concentrar boa parte das atenções da Copa do Mundo. Ainda que nenhuma cidade tenha sido confirmada no torneio, já é sabida a intenção de realizar a abertura da Copa em solo paulistano, enquanto os cariocas seriam os anfitriões da final. O Mineirão ainda corre por fora para hospedar o primeiro jogo da competição, mas a movimentação em São Paulo parece um passo à frente da que é vista em Belo Horizonte. O próprio relatório do grupo de inspeção da Fifa já prevê o pontapé inicial em São Paulo - possivelmente no Morumbi.

O Mineirão, por sua vez, não sofre concorrência em Minas Gerais, e depende apenas de suas próprias forças para assegurar presença na Copa. Por isso, o Governo do estado e a Prefeitura de Belo Horizonte já começaram a arquitetar o novo Mineirão - sem que isso, porém, já apresente reflexos fora dos trâmites burocráticos.

Já no Rio de Janeiro, as coisas parecem caminhar um pouco melhor. Graças à infra-estrutura deixada pelos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, a cidade se permite esperar um pouco mais para voltar às obras. Segundo a Secretaria de Esportes e Lazer do Estado do Rio de Janeiro, o reinício das reformas deve acontecer apenas após a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, quando a Fifa entregará novas exigências às cidades que forem escolhidas pelo próprio comitê organizador como sedes.

Sul

Em 1950, quando o Brasil sediou sua primeira Copa do Mundo, a região Sul contou com duas cidades como anfitriãs do torneio: Curitiba e Porto Alegre. Por isso, a expectativa de gaúchos e paranaenses é a de serem mantidos entre os hospedeiros do Mundial de 2014, embora Florianópolis não esteja descartada e entre com força na briga por um lugar.

A candidatura que mais chama a atenção, por enquanto, é a dos porto-alegrenses. A cidade conta com dois estádios com capacidade de receber jogos da Copa, embora o comitê organizador da competição tenha apontado o Beira-Rio como o palco escolhido para as partidas.

Enquanto isso, em Curitiba, a moderna Arena da Baixada já está alguns passos à frente dos demais estádios do Brasil para a Copa do Mundo. O estádio do Atlético-PR é apontado de forma quase unânime como palco paranaense para o torneio, ainda que dependa de algumas obras para se adaptar às regras da Fifa. A capacidade atual, para pouco mais de 25 mil torcedores, será ampliada para os exigidos 40 mil assentos com o fechamento da arquibancada.

Norte

A briga no Norte do Brasil por um lugar na Copa do Mundo promete ser uma das mais acirradas. Das 10 ou 12 cidades-sede, apenas uma estará na região mais setentrional do país, que tem três candidaturas oficiais: Manaus, Belém e Rio Branco. No entanto, por enquanto, as três ainda são incógnitas para o Mundial.

Em Belém, a exemplo do que acontece em diversas outras cidades do país, as obras começaram apenas nos bastidores. "A duplicação da Transmangueirão já foi licitada, e a cidade irá receber algumas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), além de outras obras", explicou Lucia Penedo, responsável por organizar as ações do Governo do estado do Pará para a Copa de 2014, o GTCopa, admitindo preocupação também com as áreas de saneamento básico.

Centro-oeste

Na história das Copas do Mundo, apenas uma vez o país-sede deixou de mandar jogos para sua capital. Foi em 1958, quando a Suécia colocou Estocolmo de lado para hospedar suas partidas em outras 12 cidades. O precedente é inimaginável hoje, e não deve se repetir em 2014, quando o Brasil for o anfitrião do Mundial. Brasília, que sequer havia sido construída na Copa de 1950, é a favorita a uma das vagas do Centro-oeste a palco da competição. O que ainda não garante, porém, que os brasilienses terão sorte diferente da que teve Estocolmo em 1958.

No Serra Dourada, a iniciativa privada, que seria a principal financiadora da Copa, já está de olho nas obras do Serra Dourada, uma vez que o Jardim Goiás - o bairro no qual se localiza o estádio - deve sofrer uma importante valorização de seu metro quadrado nos próximos anos, o que incentivaria o investimento na região. O Serra, por sua vez, é administrado por um fundo independente de investimentos, já que foi desvinculado do Governo do estado em 2006.

Fonte: Gazetapress