As vitórias fazem qualquer pessoa deslumbrar um futuro próspero e positivo, caso que não foge a regra no futebol, onde torcidas e dirigentes acabam se embebedando de alegria e esquecem dos defeitos e fraquezas das suas agremiações, varrendo essas ameaças para debaixo de um tapete fabricado de confiança. Essas palavras, devem ser útil ao São Cristóvão, que na tarde de ontem, percebeu que é preciso evoluir muito para chegar ao título estadual.
O clássico contra o Sergipe definiu duas situações para o time de Marcelo Sergipano, um deles mostra que o grupo é capaz , o outro, que eles podem tropeçar na própria vontade.
Vimos no João Hora, um time que optou errado, colocar André Veiga como titular no meio campo de uma cancha pesada, na casa do adversário, contra o Sergipe e num jogo de seis pontos, é complicar, fato em que o treinador deve ter refletido a noite inteira do domingo e concluído se vale a pena escalar um atleta que não está na plenitude da forma física e jamais poderia dar proteção à zaga do time.
Diante de um clube de tradição, o São Cristóvão mostrou-se capaz de jogar futebol e inseguro quanto ao equilíbrio emocional, os atletas pareciam jogar uma final de Libertadores da América, querendo mostrar ao futebol sergipano que os filhos injustiçados ainda têm vaga em qualquer clube de Sergipe, mas o time não conseguiu aliar a raça, técnica e principalmente concentração, algo que nunca poderia estar separados, já que a astúcia que o time não foi capaz de mostrar virou o combustível para a virada do Sergipe.
A máxima que fala sobre “Manter o sucesso é pior do que conquistá-lo” será posto a prova nessas últimas rodadas da fase classificatória, onde serão separados os “homens dos meninos” e torna-se imprescindível para o time de Israel Sarmento, impor o futebol que os fez chegar ao G4 e parar de dar bicão ou reclamar da arbitragem.
O placar de 2 x 0 na casa do adversário pareceu ser muita areia para o caminhão São Cristovense, o time não conseguiu suportar a vantagem positiva da vitória e começou a seguir a cartilha da inocência e do despreparo emocional, tá certo que o árbitro cometeu algumas lambanças mas, qualquer reclamação ou acusação contra ele é transferir toda a incapacidade e vacilos cometidos pelos jogadores e comissão técnica no dia de ontem.
É hora de verificar o tape do jogo e o grupo assinalarem tudo o que fez de errado, preparando uma cartilha do que não pode ser repetido.
O São Cristóvão ainda não está garantido no G4 e não pode mais cometer erros primários como o de ontem.