segunda-feira, 24 de março de 2008
O Confiança rachou ?
Essa é uma indagação que deve ser respondida por aqueles que compõem a Associação Desportiva Confiança, em virtude do sentimento da torcida proletária, com a coincidente queda de desempenho do time ao mesmo tempo em que chegava ao clube o meia Juninho Petrolina.
O boato que ganha força nas arquibancadas e bastidores do nosso futebol, dá conta que o grupo proletário está incomodado com o salário e a presença do Petrolina nas escalações que começam as partidas do time azulino, com isso, o plantel puxou o freio de mão e como conseqüência permitiram que os oponentes tirassem à diferença que chegou a ser de nove pontos.
Pois bem, como boato é um fato nada cientifico, iremos considerar que o caso seja verdade, então, perguntamos à equipe azulina se o papel que fizestes é justo?. Afinal de contas, tal atitude é um afronte e desrespeito com o maior patrimônio do clube, o torcedor, aqueles que sob sol e chuva acompanham o dragão em Sergipe e no resto do Brasil, chegando a ser considerada a mais vibrante do estado e que nessa situação é posta em segundo plano, por uma atitude egoísta e que em nada favorece e prestigia o nome e a história de setenta anos de um time de formação operária.
Será que o sacrifico daqueles que pegam estrada, deixa sua família em casa e arrisca-se para acompanhar o time, deverá ser colocado para escanteio por um plantel que é pago para jogar futebol e conquistar títulos? É necessário que a diretoria time providências sobre o fato, ou será, que a democracia proletária se transformou na ditadura da maioria?
Um time que trabalhava a bola muito bem, fazia do meio campo um diferencial entre as equipes participantes do certame , haja vista, sua marcação eficiente, rapidez e criatividade para municiar o ataque através dos seus meias, as boas investidas do jogador Da Silva, o time possuía a melhor defesa e o melhor ataque, tem o melhor goleiro do estado, um banco de reservas com jogadores em igual condição de jogar quanto os titulares e não perdeu nenhum atleta, fica difícil acreditar que eles desaprenderam.
O fato de perder jogos é um resultado que pertence às três probabilidades (vitória, empate e derrota), entretanto, a forma que ela vem acontecendo, deixa um ranço de desconfiança e faz a alegria dos adversários que com astúcia aproveita-se da situação.
Esses rachas aconteceram por diversas vezes em nosso futebol, anos atrás, o Atlético Clube Lagartense contratou o Edil Highlander e o desempenho do time começou a declinar, no ano passado, o Itabaiana perdeu o título quando um dos fatores girou em torno da contratação do atacante Macedo (Ex- São Paulo).
É por essas e outras, que nunca teremos um “jogador bilheteria” em nosso futebol, imagine se chegasse um Túlio Maravilha, Marcelinho Carioca ou Edílson ganhando uns R$ 30 mil, será que o restante do time iria pedir demissão?
Infelizmente, o futebol sergipano esquece que a única maneira de galgar um lugar melhor no futebol nacional, começa a partir de um time forte e quando parece surgir um, o grupo racha, isso se contrapõe ao velho jargão das entrevistas dos jogadores, o tão famoso discurso “do espírito de grupo” é mera conversa fiada.
Em tempo, é incrível como o time sediado no Sabino Ribeiro gosta de emoção, quando o negócio parece estar calmo, eis que surge um fato que faz o time entrar em ebulição.
É sempre assim.